quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

... a fim de te lembrar


"Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
Tu és responsável pela rosa..."


"- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar."


O PRINCIPEZINHO - LE PETIT PRINCE - SAINT EXUPERY

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Buscando o equilíbrio

Quando voltei da praia, estava chovendo. Foi a primeira vez que andei de bicicleta na chuva. E foi uma sensação muito boa, porque estava muuuito calor.

Como a chuva era forte, rapidinho molhou toda minha roupa que ficou grudada ao corpo.
Corpo quente, chuva fria... no calor. Hummm... uma delícia.
Quanto mais molhada a roupa, mais gostoso ficava. E eu super feliz... Passando por ruas tranquilas, e trechos da ciclovia onde não havia ninguém, fui pedalando de boca aberta e língua de fora para matar a sede com os pingos d`água... Gostoso isso também.

Com as sensações misturadas e a alegria da liberdade, fiz uma coisa que sempre tive vontade... Soltar as mãos.
Eu nem tenho equilíbrio, mas a chuva forte, parecia que me segurava na bicicleta. A roupa molhada me agarrava dando proteção ao corpo... Então fui tentando soltar aos poucos... Dominando a ansiedade, enfrentando o medo... Desafiando a minha coragem.
Refleti sobre a necessidade de um "amigo", que se estivesse por perto, torcendo por minhas superações e sorrindo para mim, eu poderia soltar-me sem medos, fortalecida por compartilhar minhas conquistas e confiando que se por acaso eu caísse, teria alguém especial para cuidar de mim. rs




domingo, 19 de dezembro de 2010

Amores de Vênus



A chegada de Vênus vi@ Universo Natural

"A vida deveria ser como uma obra de arte, onde a alma é o artista, a personalidade a argila. Através da ação energética de suas mãos, de sua força, a alma deveria moldar a argila à sua imagem e semelhança para que pudesse surgir à consciência de todos os homens. A alma é o verdadeiro Anjo, o Filho da Luz, do Sagrado e do Divino."

A DIFÍCIL ARTE DE VIVER - Henrique Rosa

O Sr do Universo


De que mesmo és composto?
Seria apenas o teu núcleo denso, carregado por elementos bem mais que pesados?
Tua atmosfera, tuas diversas faixas... latitudes...
Tuas turbulências e tempestades...
Brilhas tanto... Mas ainda há o Sol, a Lua e a "Deusa do Amor", que curiosamente é tua filha, e possui magnitude absoluta. Apesar de imaginares que seja só aparente, uma simples capacidade em refletir brilho, assim como tantas outras estrelas nesta constelação.
Tua Vênus é capaz de lançar sombras... estar presente noite e dia.
E Ainda que de densa atmosfera, é a tua "menina", a Estrela do Pastor.

... em órbita.

Porque tem dores, que nunca chegam ao fim...


Príncipe:

Era de noite quando eu bati à tua porta
e na escuridão da tua casa tu vieste abrir
e não me conheceste.
Era de noite
são mil e umas
as noites em que bato à tua porta
e tu vens abrir
e não me reconheces
porque eu jamais bato à tua porta.
Contudo
quando eu batia à tua porta
e tu vieste abrir
os teus olhos de repente
viram-me
pela primeira vez
como sempre de cada vez é a primeira
a derradeira
instância do momento de eu surgir
e tu veres-me.
Era de noite quando eu bati à tua porta
e tu vieste abrir
e viste-me
como um náufrago sussurrando qualquer coisa
que ninguém compreendeu.
Mas era de noite
e por isso
tu soubeste que era eu
e vieste abrir-te
na escuridão da tua casa.
Ah era de noite
e de súbito tudo era apenas
lábios pálpebras intumescências
cobrindo o corpo de flutuantes volteios
de palpitações trémulas adejando pelo rosto.
Beijava os teus olhos por dentro
beijava os teus olhos pensados
beijava-te pensando
e estendia a mão sobre o meu pensamento
corria para ti
minha praia jamais alcançada
impossibilidade desejada
de apenas poder pensar-te.

São mil e umas
as noites em que não bato à tua porta
e vens abrir-me

Ana Hatherly, in "Um Calculador de Improbabilidades"

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Desejo...

... para todos e principalmente para mim:

"Que uma seiva como a da alfazema, a luz do Sol, a beleza das flores e o canto dos pássaros, o amor bem feito, sejam os seus vizinhos, convidados a entrar todos os dias em sua morada, por menor que seja o espaço dela, ou sendo apenas o seu próprio corpo, sem teto, sem terra, sem lenço, sem documento. Anárquico, mas com as janelas abertas. Para que nenhuma clausura se justifique, a não ser na sua renovação, na meditação, e na procura por trilhas." Marli Gonçalves

Ainda na clausura medito... Renovando, aprendendo e crescendo... No amor e na dor.

A película do orgulho

Porque não são apenas os kms que separam as pessoas...
Barreira ou proteçao?

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Greensleeves

Ai, infelizmente, meu amor, você me faz mal
Me descarta indelicadamente
Pelo longo poço de amor que eu tive por você
Deliciosamente em sua companhia

(...) era toda a minha alegria
(...) era todo o meu deleite
(...) era o meu coração de ouro
E quem menos do que a meu Senhor?
Suas promessas você as tem quebrado, como o meu coração
Oh, por quê você me arrebatou então?
Agora eu permaneço em um mundo separado
Mas meu coração perdura em cativeiro

Eu estive na sua mão
Para ascender absolutamente tudo que você implorasse
Eu tenho ambas apostas de vida e terra
Seu amor e proveito - era para se ter

Se você tenciona consequentemente você desdenha
Isso faz com que eu me arrebate mais
E ainda assim, eu permaneço
Uma amante em cativeiro

Meus homens eram vestidos por completo em verde
E eles esperaram em Ti
E todo esse explêndido era para ser visto
E ainda assim tu não me amas

Tu não poderias desejar coisas mundanas
Mas ainda assim, tu não estavas preparado
Tua música ainda é tocada e cantada
E tu ainda não me amas

Bem eu vou rezar bem alto a Deus
Que tu, meu constante que não posso vê-lo
E que ainda que eu um dia antes que eu morra
Tu (venhas) e garante me amar

Ah, (Meu Amor) agora despeço, adeus
A Deus eu rezo, prosperar-te
Pelo que eu sou tua verdadeira amante
Venha mais uma vez e me ame

Blackmore`s Nigth

Gostaria Que Você Estivesse Aqui...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Buscando...



"Em Alguma parte, alguma vez, houve uma Flor, uma Pedra, um Cristal; uma Rainha, um Rei, um Palácio; um Amado e uma Amada, há muito tempo, no Mar, numa Ilha, há cinco mil anos... É o Amor, é a Flor Mística da Alma, é o Centro, é o Si-Mesmo... Ninguém entende isso, a não ser alguns poetas, somente eles me compreenderão..."

Carl Jung

domingo, 5 de dezembro de 2010

Mas se você quiser... Nestes dias que pouco sei de mim...

Pedra, Flor, Espinho - Barão Vermelho
Composição: Frejat / Fernando Magalhães / Dulce Quental

Hoje, eu não quero ver o sol
vou prá noite, tudo vai rolar
O meu coração é só um desejo de prazer
Não quer flor, não quer saber de espinho
Mas se você quiser tudo pode acontecer no caminho
Mas se você quiser sou pedra, flor, espinho

Automóveis piscam os seus faróis
Sexo nas esquinas, violentas paixões
Não me diga não, não me diga o que fazer
Não me fale, não me fale de você (Fale de você, fale de você)
Mas se você quiser, eu bebo o seu vinho
Mas se você quiser sou pedra, flor e espinho

Eu quero te ter
Não me venha falar de medo
Não me diga não
Olhos negros, olhos negros

Eu quero ver você
Ser o seu maior brinquedo
Te satisfazer
Olhos negros, olhos negros

Olhos que procuram em silêncio
Ver nas coisas, cores irreais
O seu instinto, é o meu desejo mais puro
Esse seu ar obscuro
Meu objeto de prazer
Mas se você quiser, eu bebo o seu vinho
Mas se você quiser sou pedra, flor, espinho

Eu quero te ter
Não me venha falar de medo
Não de me diga não
Olhos negros, olhos negros
Eu quero ver você
Ser o seu maior brinquedo
Te satisfazer
Olhos negros, olhos negros

sábado, 4 de dezembro de 2010

Saudade!


Essa palavra tão doce, de tanta suavidade, que me faz chorar de dor quando a murmuro: é saudade!



Florbela Espanca

Nada tenho... mas penso em Ti


Não tenho para ti quotidiano
mais que a polpa seca ou vento grosso,
ter existido e existir ainda,
querer a mais a mola que tu sejas,
saber que te conheço e vai chegar
a mão rasa de lona para amar.

Não tenho braço livre mais que olhar
para ele, e o que faz que tu não queiras.
Tenho um tremido leito em vala aberta,
olhos maduros, cartas e certezas.

Neste comboio longo, surdo e quente,
vou lá ao fundo, marco o Ocupado.
Penso em ti, meu amor, em qualquer lado.
Batem-me à porta e digo que está gente.

Pedro Tamen, in "Daniel na Cova dos Leões"




quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

"A gente se fere nos espinhos das rosas. Mas é só quando gostamos de rosas."



A gente se fere nos espinhos das rosas. Sim. Se chegamos sem jeito, apenas querendo arrancar a flor para enfeitar nossa sala e satisfazer nosso ego, tomando posse de algo tão belo e delicado, esquecendo que ela é "vida", e manifesta... Como tal, requer cuidados. Nos ferimos nos espinhos, das rosas qdo fingimos desconhecer a sua verdadeira natureza, ignorando suas particularidades. Até existem outras flores... há uma variedade de aromas e cores, assim como plantas ornamentais. Mas se gostamos mesmo de rosas, e queremos cultivá-las, é necessário conhecer o que é necessário para essa espécie florir e não definhar. Para nossa "rosa" se realizar no seu ideal de ser "rosa", temos que preparar o solo, escolher a incidência luz, adubar e regar. Se abandonarmos qquer espécie viva sem cuidados, elas ficam sucetíveis a vários males, que qdo não tratados a tempo, levam a "morte"... lenta e dolorosa.

Mas é só quando gostamos de rosas. Se gostamos e queremos ter rosas, precisamos ter tempo e paciência para estudar e conhecer o que é próprio para o cultivo de rosas. Do contrário, devemos nos contentar com as colorida e simpática Impanties walleriana, conhecida popularmente como "maria-sem-vergonha". Essa sim... nasce e dá em qqer lugar, infesta, vira uma praga... Mas tem sua beleza. Independente do que pretendemos cultivar em nosso jardim, para florir, perfumar e encantar com beleza nossa casa, devemos lembrar que quase todas as espécies requerem cuidados. Eu gosto de jardinagem. Tenho estudado sobre o assunto. Também faço algumas experiência de cultivo e a maior lição que recebi da prática, foi ter paciência. Tudo tem seu tempo. A "vida", obedece ciclos que acompanham seu desenvolvimento, as estações do ano, hora do dia e outros detalhes. Além de sua singularidade e característica de adaptação ao ambiente ideal, é necessário respeitar a natureza das "coisas". Se pretendemos introduzir uma espécie em um novo ambiente, precisamos fortalecê-la no seu processo de adaptação, com cuidados diários. Só assim teremos sucesso... Com o tempo, é possível contemplar o manifestar de nossos esforços, somado ao que é próprio a beleza natural de cada "coisa".

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sentimentos - Nem sempre entendo... Por isso reflito.

Reflexões sobre o AMOR

Definitivamente não dá par ser muito racional no amor.
Amor é emoção pura e forte, que quando livre, nos envolve, até confunde... Mas também satisfaz e transforma. Ajuda a crescer.
Que fará a razão transitando neste terreno tão insondável, imprevisível e cheio de possibilidades? Fica perdida. Não sabe as respostas. Racionalizando, erra. Coloca tudo a perder.
Amor tem que ser livre, para poder crescer e moldar-se de acordo com a realidade das experiências que se vive ou pretende-se viver.
Coisa perigosa mesmo é a PAIXÃO. Uma louca alucinada querendo tomar “algo” para si. Precisa inundar-se daquilo que deseja para saciar uma sede desesperada (sabendo que vai morrer afogada).
Mas não dá para crescer no amor morno. E nem viver na paixão descontrolada.
Terá dose certa para algo tão sublime, que pensadores e poetas ainda não conseguiram definir em toda sua magnitude?
Só sei que amar distante é sofrer. E não menciono espaço. Analiso envolvimento.
Amor se constrói na vivência, ainda que os desejos do corpo fiquem em segundo plano. Afinal, amor é “coisa” da alma.
Amor só nasce e cresce no terreno da verdade, do respeito e na simplicidade.
Não há amor sem confiança. Não há amor sem antes o pacto silencioso de partilhar sorrisos e lágrimas com sincera amizade.
Nada sei sobre o amor... Mas acredito, respeito e valorizo a AMIZADE
.

Contemplando em poemas, versos e rimas, aquilo que a boca cala e o coração finge esquecer

Poema: Meu Amor que te Foste sem te Ver - Agostinho da Silva

Meu amor que te foste sem te ver
que de mim te perdeste sem te amar
quem sabe se outra vida tu vais ter
ou se tudo se perde sem voltar

ou se é dentro de mim que tem de haver
tanta força no meu imaginar
que o poeta que é Deus o vá reter
e te dê vida e faça regressar

para de novo o sonho desfazer
num contínuo surgir e retornar
ao nada que dá ser ao que é querer
ao fado que só dá para se dar

por tudo estou amor e merecer
o que venha para eu te relembrar
só adorando o nada pretender
só vogando nas águas de aceitar.

Agostinho da Silva