O "SER" e/ou o "indivíduo social". (Março/2010)
Tenho pensado muito a respeito não só do sentido da vida, mas da missão de cada ser... tanto com relação ao outro, como para si mesmo.
Se somos únicos e cada um tem seu próprio caminho no exercício de sua evolução, por natureza, temos quer ser livres... Livre para duvidar, questionar, optar e até mesmo experimentar e aprender... que pode ser o objetivo final. Não é pela experiência que aprendemos?
Sei que o “homem” é um ser social, mas também questiono os modelos de relacionamentos padronizados na nossa sociedade.
Falando de uma relação a dois, eu acredito que o ciúmes, tem raiz na idéia de posse, que é fruto do egoísmo. Isso me parece uma limitação do ser humano e que precisa ser superada.
Sendo assim, tal atitude dentro de uma relação é no mínimo imatura, fruto também da insegurança e precisa ser trabalhada... talvez até anular.
Com relação à natureza humana, não posso desconsiderar nossos impulsos naturais, nosso lado instintivo. Claro que aprendemos a sublimar boa parte deles, os mais agressivos, mas alguns são ainda responsáveis por nos dar a sensação de estarmos plenamente vivos e sermos felizes... isto para mim está intimamente ligado com a idéia de prazer. Prazer ao meu ver, que pode ser ou é o fruto da satisfação de um desejo.
Eu sou mulher, já passei por várias fases.... muitas descompassadas, fora do período considerado normal, se é que alguém sabe oq é normal.
Hoje minha fase é a descoberta da minha sexualidade e não deixa de estar ligada a descoberta do “novo”.
A conquista e a sedução é parte da minha alma feminina, tão sensível e romântica, que chego a viver em constante fantasia... e agora, o desejo tomou conta do meu corpo e da minha razão. Não estou conseguindo controlar, se é que isso é necessário.
Se sou um ser que precisa de liberdade para viver e evoluir por meio das experiências, como conciliar esta fase com um relacionamento nos moldes tradicionais?
Como buscar o prazer que necessito sem provocar o ciúmes egoísta dentro de um relacionamento estável?
Como buscar tais descobertas sem afrontar alguns valores sociais tão defendidos por hipócritas moralistas.
O que é mais importante... o Ser indivíduo realizado, pleno, consciente e feliz ou o Ser social mascarado, reprimido que segue falsamente todos os padrões?
É necessário fazer estas escolhas?
Realmente tem que ser uma coisa ou outra?